quinta-feira, 3 de maio de 2012

Modos e Costumes da CMC


A Câmara Municipal de Cascais desta vez primou pela falta de educação. Desde quando se convida uma senhora para um evento em VIP list só para uma pessoa ? Só posso depreender que estejam com falta de meios para organizar este evento.

Muito me estranha então, que dada esta forretice camarária a mesma Câmara se prepare para criar um novo gabinete do litoral camuflado com técnicos não especializados na área e que obrigue os técnicos da extinta DLIT (Divisão do Litoral) hoje espalhados por vários departamentos da Câmara para os quais não têm preparação, a formar novos técnicos que nada sabem a respeito do litoral de Cascais. 

Há aqui portanto dois aspectos fundamentais, a CMC prefere enviar convites individuais e intransmissíveis e esmerar pela falta de educação, por um lado, mas por outro destitui dos seus cargos técnicos altamente qualificados e com um profundo conhecimento dos problemas do litoral, por outros sem qualquer qualificação. 

Onde será que eu vou encontrar aqui alguma poupança ? Onde está o "bom senso" ?

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Esta vida boa que é tão cara, há outras mais baratas, não são é tão boas


Estou de volta ao Rio de Janeiro depois de 4 meses. Sinto-me triste em ver e sentir que o Carioca está a virar Europeu.

Onde está aquele calor humano que nos recebia de braços aberto, que nem o Cristo Redentor? Se bem que sempre com aquele ultimato "sai da frente que atrás vem gente", o Carioca sempre foi gentil, simpático, sorridente, caloroso, sensual e outras coisas mais, acabadas em "al".

Já em Novembro passado quando estive no Rio encontrei um Carioca arrogante, fechado, malcriado, intransigente, imbecil. Pensei... "o que o dinheiro faz às pessoas". Não é que tenham muito mais os Cariocas de quem falo, mas parece que por conta de quem está a fazer dinheiro com esta "bolha brasileira"  deixa espaço para os que nada têm poderem "se achar".

Por um lado ainda bem que o Brasil está a crescer, e que cada vez mais os Brasileiros, em geral, tenham  maior poder de compra. Por outro lado é triste ver que esse poder de compra afecta uma população e que faz vir à tona tudo o que é mau num ser humano. Era um defeito Europeu, passou a ser também um fenómeno brasileiro, e só não é sul americano, porque apesar de o Brasil ser o maior país da América do Sul, muitos  outros continuam iguais a eles próprios.

Porquê? Pergunto eu... Porque será que o poder de compra trás sempre apenso a arrogância, a antipatia, a má criação? Porque será? 

Um dia a minha mãe (filha de óptimas famílias, brasonada e tudo o mais) fez a seguinte observação, no dia em que eu relatava um incidente menos feliz que tive no Bar Moinho com 3 clientes: "não sirvas a quem já serviu, nem peças a quem já pediu". No mesmo instante em que ouvi esta frase achei-a pedante e snob, mas quanto mais velha sou, mais a acho adequada. Porque será que as pessoas que saem debaixo do último calhau do cromeleque mais perto aos domingos e feriados, se acham mais do que os outros? Porque trabalham mais? Como podem eles avaliar o trabalho dos outros? Porque de repente não são mais criadas e sim empregadas domésticas? Porque de repente não são mais "Almeidas" e sim Funcionários Municipais?

As diferenças de classes sempre irão existir, pois há uma decalage enorme entre alguém quem tem educação, boa formação de carácter, polimento, que foi passado como testemunho de geração para geração e alguém que de repente, muito de repente... do oito ao oitenta, passam a frequentar os mesmos meios. Posso eu mesma parecer pedante e snob quando faço esta afirmação, mas há algum comunista, socialista, social democrata, monarca, que contra-argumente?

Lembro-me, logo após o 25 de Abril, ter treze anos e ter passe social de primeira classe nos comboios da Linha do Estoril. As carruagens de segunda classe, na hora de ponta, pareciam sardinhas em lata e nós em primeira classe podíamos optar entre janela ou coxia.
Quando aboliram as classes na Linha do Estoril passou a primeira classe a parecer sardinhas em lata e viajar em segunda era um must.

A minha mãe tinha razão e agora é hora do favelado emergente virar gente. Há os espertos, que continuam simpáticos, afáveis, gentis e calorosos, pois na sua esperteza e inteligência, tiveram um avô, ou uma avó, que lhes souberam incutir valores e a sabedoria das coisas simples. Infelizmente não são a maioria em nenhum lugar do mundo, nem mesmo aqui. E o Rio está, aos poucos, a transformar-se na Alemanha da América do Sul. Haja alguém que os salve deles próprios, pois eu amo o Rio, sou Carioca de alma e de pé e sinto toda uma tristeza nova ao assistir a esta transformação.

Sárava Rio de Janeiro, Sárava Brasil.

sexta-feira, 13 de abril de 2012

A fazer as malas outra vez


Pois é, estou outra vez de abalada para lugares mais quentes, que isto por cá está instalado outra vez o Inverno.

Vou... e sabem que mais? não me apetece voltar, não me apetece mesmo. Não me apetece viver num país de autistas, governado por autista e corruptos. Antes a guerra nas favelas do que isto.

Aliás, chegou-me aos ouvidos que há uma enorme comunidade de portugas a viver na favela do Vidigal, onde se pode disfrutar de uma das melhores vistas sobre Ipanema. Parece que se compra casas, tipo barracas de luxo, decora-se à nossa maneira e espera-se que a bolha imobiliária cresça para vender. Parece-me bem melhor do que esperar sem nada por dias melhores, se é que estão para vir.

Eu por mim ficava por lá... e deixava o pessimismo para dias melhores. Vamos até onde a vida nos levar e esperar que resulte, as chances de resultar são 50% sim ou não. 

Sonhar arriscar e viver.

terça-feira, 10 de abril de 2012

Momentos Mágicos

Será que em Portugal alguma vez será possível ter um momento destes?

Entre pedir licença à CML, a licença ser deferida, passou sei lá, um ano, dois?

A seguir a PSP iria impedir um piano com rodas de circular na via pública porque não tem livrete, nem seguro?

Quando o piano finalmente estivesse em colocado no lugar onde se quer, já a licença teria caducado, pois tinha sido emitida para o dia antes, aquele em que não foi possível circular.

Como se poderia contornar toda a burocracia existente neste país? Será que alguém um dia me vai poder responder?



As mais amplas liberdades

Há países que estão muito à frente e que continuam a ser chamados de TERCEIRO MUNDO

Não me parece que o ataque à Crónica do Senhor José António Saraiva seja a melhor opção, sem dúvida que este Senhor desconhece por completo o tema e há que elucida-lo em alguns pontos da sua crónica. 
 

1 - Conheço tantos heterossexuais que põem o pé daquela maneira, a mão e o gesto, a maneira de fumar, etc... muito femininos e no entanto as suas preferências sexuais são o sexo oposto, o contrário também;

2 - Moda ou não é uma realidade com que o Senhor e toda a gente vai ter de apreender a viver, correndo o sério risco de parecer antiquado ou homofóbico, como já vi em algumas acusações; 

3 - Quanto à preferência de ausência de cor, não pode estar mais enganado, ou não fosse o "rainbow" as cores da bandeira ostentada pela comunidade "gay" no mundo inteiro; 

4 - A tradução de "gay" para português é alegre; 

5 - Cada um tem o direito de se expressar da forma que bem entende. O Senhor expressou-se em forma de crónica, deixe lá os outros exprimirem-se da forma que quiserem; 

6 - Deixe-me fazer-lhe uma pergunta, quando na sua crónica o Senhor se refere à contestação está a falar de acontecimentos contextualizados dentro de uma época de repressão total? É que aqui em Portugal, desde o 25 de Abril que se goza das mais amplas liberdades, caso contrário a sua crónica nunca seria publicada, assim como outras tantas crónicas e notícias e filmes e livros e...; 

7 - Sabe que hoje dia 10 de Abril de 2012 a Igreja finalmente disse que sim ao preservativo? Se por acaso é católico vai mudar de religião? 

8 - E por último, há que ter em conta o sentimento AMOR, é por causa desse sentimento que tantas loucuras se cometem. É o AMOR que une os seres humanos, independentemente da raça, da cor, da religião, da orientação sexual e por ai fora,... e está consagrada na Declaração Universal dos Direitos Humanos.  

E com esta me calo! 

Um beijo a todos, gays ou não!

quarta-feira, 14 de março de 2012

Vamos embora...

... e porque não vamos todos embora deste país? alguém ainda tem ilusões sobre o que se passa e o que se vai passar? 

Vamos embora todos, e quando digo todos é os tais 99% da população, assim deixamos os nossos governantes a falarem uns com os outros sem nos incomodarem, deixamos os nossos militares sem público para as paradas várias, das várias comemorações sei lá do quê, deixamos a polícia sem ninguém para multar, sem acção, que é o que eles gostam, assim talvez deixem de nos provocar, deixamos a casa, e o carro, e o barco, como diz a Ágata. Deixamos os nossos Bancos e os nossos Banqueiros discutirem o aumento das taxas, quem deve o quê a quem, sozinhos. Podemos também deixar todas as empresas falidas e as outras e todo o lixo escondido debaixo dos tapetes só para eles. Vamos deixar o 1% a falar sozinho!

Vamos construir um Portugal novo, moderno, cosmopolita, num pedacito de terra árida que haja por ai perdida e que ninguém se importe se a malta ocupar.


Fomos nós que desbravámos o mundo há mais de 500 anos, temos de nos lembrar disso sempre, da coragem de enfrentar o desconhecido.

Pensem nisso e vamos embora ! Mas vamos em bom... claro !