quarta-feira, 14 de março de 2012

Vamos embora...

... e porque não vamos todos embora deste país? alguém ainda tem ilusões sobre o que se passa e o que se vai passar? 

Vamos embora todos, e quando digo todos é os tais 99% da população, assim deixamos os nossos governantes a falarem uns com os outros sem nos incomodarem, deixamos os nossos militares sem público para as paradas várias, das várias comemorações sei lá do quê, deixamos a polícia sem ninguém para multar, sem acção, que é o que eles gostam, assim talvez deixem de nos provocar, deixamos a casa, e o carro, e o barco, como diz a Ágata. Deixamos os nossos Bancos e os nossos Banqueiros discutirem o aumento das taxas, quem deve o quê a quem, sozinhos. Podemos também deixar todas as empresas falidas e as outras e todo o lixo escondido debaixo dos tapetes só para eles. Vamos deixar o 1% a falar sozinho!

Vamos construir um Portugal novo, moderno, cosmopolita, num pedacito de terra árida que haja por ai perdida e que ninguém se importe se a malta ocupar.


Fomos nós que desbravámos o mundo há mais de 500 anos, temos de nos lembrar disso sempre, da coragem de enfrentar o desconhecido.

Pensem nisso e vamos embora ! Mas vamos em bom... claro !

quarta-feira, 7 de março de 2012

Já pareço eu...


A PSP e eu

Vamos começar por sábado à noite, era suposto ir jantar com umas amigas, a coisa não correu bem e fui para casa. Como estava meia nervosa... enfim parva e aparvalhada, não tenho a certeza se fechei o carro ou não. A verdade é que no Domingo de manhã estava assaltado, levaram algumas moedas que tenho lá para os parquimetros, uns óculos escuros (isso irritou-me pois amava aqueles ray-ban), um maço de Marlboro e nem sei mais o quê. Ok, grande merda... mas passou e não me estragou o dia.

Hoje de manhã, saio de casa e outra vez carro assaltado. Desta vez tenho a certeza de que estava fechado, verifiquei antes de o abandonar ali à mercê destes intrusos, que a meu ver são os mesmos.


Danada de irritação, pois desta vez nada havia para roubar, dirijo-me à esquadra da Rua de São Paulo, não para fazer uma queixa, mas para pedir um pouco mais de vigilância naquela zona. Entrei e está um PSP sentado a uma secretária e diz-me de enfiada, " se vem para fazer alguma queixa não pode pois não tenho impressora vai para 3 semanas". A minha cara deve ter sido tal que o PSP me deu sem eu pedir o Livro de Reclamações. O pobre já deve estar habituado, 3 semanas de treino e ai aparece ele O LIVRO DE RECLAMAÇÕES DA PSP. Contei-lhe a minha história e fiquei com a sensação de que ele sabia muito bem quem tinha sido. GRAVE.

É claro que depois disto e de saber que o coitado está ali sozinho o dia todo e que não há contingente naquela esquadra, nada mais me restava do que dar assas à escrita e chamar o Ministério da Administração Interna de tudo o que me ocorreu na altura.

É VERGONHOSO, JÁ PARA NÃO FALAR DO PERIGOSO QUE É NÃO HAVER POLÍCIA NA ESQUADRA DA RUA DE SÃO PAULO.

Contou-me a senhora do quiosque ao lado da esquadra que é normal, "Olhe a senhora que no outro dia estava aqui uma cliente que não me queria pagar o passe, pedi a outra cliente para por favor ir à esquadra pedir para algum PSP cá vir resolver o assunto (porta ao lado), sabe a senhora o que aconteceu? a cliente ficou a tomar conta da esquadra para o único PSP de serviço poder vir aqui, e sabe é sempre o mesmo, coitado".

SÓ HÁ UM POLÍCIA... NÃO É NORMAL... COMEÇO A ACREDITAR QUE O PAULO PORTAS TINHA RAZÃO!

Onde vamos nós parar? à época das milícias? por mim tudo bem é só porem-me uma arma na mão, sem bem por onde começar... e aposto que todos vocês também!

sexta-feira, 2 de março de 2012

Azeite e Vinagre


Até a natureza sabe que o cú e as calças nada têm que ver, mas na sua sabedoria uniu o tronco à rocha, encaixou-os, na esperança de que assim ficassem por muito tempo. Lindos, estes dois elementos sem nada em comum mas que ao mesmo tempo têm uma interligação tão forte. Fiquei a olhá-los por momentos, fotografei-os, comparei-os às relações entre as pessoas... lembrei-me da frase "o que Deus uniu o homem não separe", lembrei-me de mim e de todas as relações passadas. Hoje sou azeite com vinagre, não se misturam, mas se "xocalharmos" muito misturam-se durante um tempo e são o melhor dos temperos.

Como acaba esta história... o homem foi lá e retirou à força o tronco da rocha, indiferente à estética e não viu a obra de arte que a natureza lhe ofereceu.

The End